Os deputados Baleia Rossi e Marcos Pereira, respectivamente presidentes nacionais do MDB e do Republicanos, devem se reunir em duas semanas para acertar as diferenças regionais que ainda são empecilhos para a formalização de uma federação dos dois partidos.

Uma das rixas estaduais diz respeito ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), aliado do governador paraibano João Azevêdo (PSB). Na Paraíba, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) rompeu com Azevêdo pouco antes das eleições de 2022 e, desde então, faz oposição ao governador. A informação foi repercutida ontem (12), pelo Portal Metrópoles.

Em Alagoas, a formação da federação MDB/Republicanos continua com divergência entre figuras políticas. A Tribuna Independente quis saber se o ministro dos Transportes, Renan Filho, que é defensor da federação, poderia agir para destravar o ime entre os partidos, mas não recebeu resposta. No entanto, a assessoria de Renan Filho informou que a posição do ministro sobre a formação de uma federação entre MDB e Republicanos “segue a mesma” e é a que já foi declarada publicamente.

“A federação com o Republicanos é uma forma de manter o MDB como protagonista. Senão, vamos parar na série B da política. É um namoro que vai bem. O Republicanos é um partido relevante, com muitos deputados. Uma federação com o MDB teria quase cem parlamentares na Câmara e seria a maior bancada no Senado. E isso pode ajudar a modernizar a política brasileira”, disse Renan Filho, em outras oportunidades sobre a federação.

Politicamente, a formação de uma federação entre MDB e Republicanos causa grandes impactos em Alagoas. A legenda que tem como principal expoente o deputado estadual Antonio Albuquerque filiou o ex-deputado Davi Davino Filho, que tem se mostrado pré-candidato ao Senado em 2026.

Caso a federação seja formalizada, Davi Davino Filho não teria legenda para ser candidato ao Senado, já que a prioridade do MDB no próximo ano é manter o comando do Governo de Alagoas e até eleger dois candidatos ao Senado, conforme já disse o presidente da sigla, o senador Renan Calheiros, que é candidato à reeleição.

A Tribuna também tentou contato com o deputado Antonio Albuquerque para saber os prejuízos ao Republicanos são íveis de resolução, caso se concretize a federação, mas até o fechamento desta edição, não houve resposta.

CONTRÁRIO

Em sua última declaração, Antonio Albuquerque rechaçou a ideia de federação partidária, afirmando que a medida poderia prejudicar o compromisso com a população.

“Tenho convicção de que os compromissos assumidos com o povo não podem ser barrados por amarras partidárias. Os partidos precisam se fortalecer, sim, mas também precisam ser instrumentos de apoio ao povo e não apenas à manutenção de interesses no Congresso”, avaliou o parlamentar em contato com a reportagem da Tribuna no mês ado.